Risco maior de ser infectado aumenta o estresse e o medo na rotina dos profissionais da Saúde
Trabalhadores de saúde em geral, inclusive os médicos, têm enfrentado desafios e momentos de dramáticos no atendimento aos pacientes nesse tempo de pandemia. Mesmo profissionais de especialidades que não atuam diretamente na assistência aos infectados, encontram-se na lista do público mais vulnerável à exposição do vírus por permanecer horas no ambiente hospitalar – onde naturalmente as chances de disseminação do coronavírus são maiores.
O risco maior de ser infectado aumenta o estresse e o medo na rotina desses profissionais. Pai de dois filhos, o médico Alexandre Andrade afirma que o receio de contaminar os familiares representa um grande desafio na profissão. “Antes de exercer a medicina, somos seres humanos, com família e pessoas importantes a nossa volta. É natural que num cenário adverso como o que estamos vivendo haja uma certa tensão de permanecer no atendimento aos pacientes, pois o ambiente hospitalar é bastantes vulnerável à exposição viral. Mas o senso de responsabilidade e vocação falam mais alto nessa hora. Sabemos que todos nós que atuamos na área assistencial precisamos permanecer firmes para acolher todos os que precisam”, desabafou.
Dados confirmados pela Secretaria Estadual da Saúde dão conta que pelo menos 34 profissionais de saúde foram infectados pelo COVID-19 na Bahia. O Ministério da Saúde estima que pelo menos 2 milhões de trabalhadores da saúde, segurança pública e seus respectivos familiares devem ser contaminados pelo novo coronavírus no Brasil.