Casa e escritório de Cristiano Zanin foram alvo de operação de busca e apreensão nesta quarta
O advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristiano Zanin, afirmou que a nova ação da Operação Lava-Jato é um “atentado à advocacia e retaliação”. Zanin foi um dos alvos da operação da Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (9) e teve casa e escritórios averiguados.
O advogado disse que o juiz Marcelo Bretas, responsável pela autorização do mandado, cometeu "abuso de autoridade", ressaltando a relação do magistrado com o presidente Jair Bolsonaro.
“A iniciativa do sr. Marcelo Bretas de autorizar a invasão da minha casa e do meu escritório de advocacia a pedido da Lava-Jato somente pode ser entendida como mais uma clara tentativa de intimidação do Estado brasileiro pelo meu trabalho como advogado, que há tempos vem expondo as fissuras no Sistema de Justiça e do Estado Democrático de Direito”, disse Zanin por meio de nota.
“O juiz Marcelo Bretas é notoriamente vinculado ao presidente Jair Bolsonaro e sua decisão no caso concreto está vinculada ao trabalho desenvolvido em favor de um delator assistido por advogados ligados ao senador Flavio Bolsonaro. A situação fala por si só", completou.
Além de Cristiano Zanin, o outro advogado de defesa do ex-presidente Lula, Roberto Teixeira, foi denunciado por suspeita de liderar esquema de fraudes no sistema S e na Fecomercio do Rio de Janeiro. A PF deflagrou uma operação para apurar um suposto esquema de tráfico de influência no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Tribunal de Contas da União (TCU) com desvio de recursos públicos do Sistema S.