Além da hidroxicloroquina, o lopinavir/ritonavir também foi retirado do processo
A Organização Mundial da Saúde (OMS), após confirmar 212.326 mil casos por Covid-19 em apenas 24 horas, novo recorde mundial, decidiu retirar, definitivamente, a hidroxicloroquina e o lopinavir/ritonavir de seus testes realizados em dezenas de unidades hospitalares pelo mundo. Anteriormente, o medicamento já havia sido suspenso por falta de resultador. Agora, a decisão é definitiva.
No Brasil, a hidroxicloroquina é considerada pelo governo Bolsonaro como uma das esperanças pelo tratamento da doença. As Forças Armadas produzem o medicamento e aumentaram a produção a pedido do presidente. O remédio chegou a ser alvo de cooperação entre Bolsonaro e Donald Trump, presidente dos EUA. Contudo, nos EUA, a agência que regula o mercado de remédios também retirou a autorização emergencial para a utilização do medicamento.
Em nota, a OMS explicou a suspensão da utilização do medicamento. “O Comitê Diretor Internacional formulou a recomendação à luz das evidências para hidroxicloroquina e para lopinavir/ritonavir e de uma revisão das evidências de todos os estudos apresentados na Cúpula da OMS sobre pesquisa e inovação COVID-19 de 1-2 de julho”, disse.
E destacou: “Esses resultados de ensaios interinos mostram que a hidroxicloroquina e o lopinavir/ritonavir produzem pouca ou nenhuma redução na mortalidade de pacientes internados na COVID-19 quando comparados ao padrão de atendimento”.
“Os pesquisadores dos testes interromperão os ensaios com efeito imediato”, garantiu.