Instituto descarta erro em redação e afirma que problema aconteceu 'na hora da impressão que a máquina pulou'
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes deu uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (20) e informou que o erro na correção das provas do Enem está resolvido. Segundo Lopes, o problema aconteceu na gráfica entre a associação da prova e o gabarito. Segundo o presidente do Inep, o código de barras das provas foi associado de forma errada à gabaritos de provas com cores diferentes. Ainda de acordo com Alexandre Lopes, o erro afetou 5.974 estudantes.
Lopes afirmou que não houve nenhum problema no caso da redação, pois o procedimento é diferente, "a prova é digitalizada e corrigida". Segundo o G1, o presidente do Inep disse que para evitar erros nas próximas edições do Enem, o Instituto irá revisar os processos de controle de qualidade do Enem. Alexandre Lopes destacou ainda a implementação do Enem digital. "Com a implementação do Enem digital esse tipo de erro vai deixar de existir", afirmou.
O presidente do Inep afirmou ter recebido 172.000 e-mails de candidatos informando algum erro, contudo, a quantidade de prova checada foi além disso.
No fim da tarde desta segunda feira (20), alguns candidatos relataram que as notas já haviam sido modificadas na Página do Participante
De acordo com o Inep, 3,9 milhões de pessoas fizeram as provas em 3 e 10 de novembro. A princípio o erro havia atingido apenas a correção de gabaritos do 2º dia, quando houve provas de ciências da natureza e matemática. No último domingo (19), o Inep afirmou que a revisão seria feita nos dois dias do exame.
O G1 entrou em contato com a gráfica Valid Soluções S.A, mas a empresa informou que não vai comentar o assunto.
Falha concentrada em Minas Gerais e na Bahia
O ministro da educação, Abraham Weintraub, disse que os erros na correção do Enem atingiram menos de 6.000 provas feitas. De acordo com o ministro, problema aconteceu mais no segundo dia de provas e ocorreu em 4 cidades: Alagoinhas (BA), Viçosa (MG), Ituiutaba (MG) e Iturama (MG). A justificativa dada para a "inconsistência" na correção do exame foi por ter havido problemas na impressão da prova.
Weintraub disse que o erro foi identificado a partir de estatísticas do Inep, autarquia responsável pela produção e correção da prova. Segundo ele, foi identificado que alguns candidatos apresentaram notas altas no primeiro dia e resultados baixos no segundo.
Segundo o ministro, a equipe compara os gabaritos onde "estatisticamente tem mais problema". No domingo (20), uma força-tarefa do Ministério da Educação foi montada para identificar os problemas. Além disso, o ministro disse que ao menos 200 mil candidatos pediram revisão das notas pelo e-mail [email protected].