"Quando vai se aproximando do campeonato brasileiro, eu costumo fazer rifas, vaquinhas, algo pra juntar esse dinheiro pra ele poder ir.", revelou a mãe de Magno
Magno Souto, atleta de apenas 11 anos, é uma das promessas baianas na vela. O esporte, que tem se popularizado cada vez mais na Bahia, agora pode escrever mais uma grande história, dessa vez em água internacionais.
Apaixonado pelo esporte desde o começo da infância, Magno, ou como é conhecido, Magnão, foi incentivado pela mãe, Marione, que vive do esporte e acredita nele como uma forma de desenvoler uma independência e "aprender a se virar". Aos oito anos, Magnão começou a treinar na escola de vela do Yacht Clube da Bahia, na Barra, em Salvador, e ali evoluiu até entrar para a flotilha do clube, equipe que participa das competições pelo Yacht Clube.
Após participar de competições em Pernambuco, Santa Catarina e Brasília, Magnão somou pontos que permitiram o atleta receber o convite para o seu primeiro campeonato internacional.
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Em entrevista ao PNotícias, Marione Macário, mãe de Magno, contou um pouco da emoção de ter acompanhado o filho ganhar sua primeira regata.
"Eu tava na água, assistindo, e consegui ver o momento da chegada dele. Foi a primeira regata que ele ganhou, nesses quatro anos que ele está no optimist. Pra mim, foi bem marcante", contou a mãe do atleta.
Por ser um equipamento pesado e de difícil locomoção, conseguir viajar com o barco e custear todo o equipamento é uma das maiores dificuldades do esporte.
"Aí entra o Yacht Clube da Bahia. Eles apoiam com o caminhão que leva os barcos, o técnico, a inscrição do barco, e os outros custos ficam com os pais. Quando vai se aproximando do campeonato brasileiro, eu costumo fazer rifas, vaquinhas, algo pra juntar esse dinheiro pra ele poder ir.", revelou Marione.
A vaquinha da família de Magno pode ser acessada através deste link.
Por ser um campeonato que não faz parte do calendário de competições do Clube, o Campeonato Africano de Optimist será todo custeado pelos pais de Magno. Procurado pela reportagem, o Vice-comodoro dos Esportes do Yacht Clube da Bahia, Alan de Castro, explicou como funciona a relação do Clube com os atletas.
"Existe um ranking, onde os 50% melhores colocados do Yacht fazem parte do que a gente chama de Flotilha de Equipe. Essa equipe recebe ajuda para o Campeonato Brasileiro e o Campeonato Norte-Nordeste, com técnico, eles não pagam o técnico, o Clube empresta os barcos pra quem não tem, hoje são 20 barcos junto com a CBC [Confederação Brasileira de Clubes], e também academia de graça para os atletas, além da ajuda caso eles se classifiquem para eventos oficiais como o Mundial, Europeu, Sul-Americano e Norte americano.", explicou Alan.
Sobre o Campeonato Africano, o Vice-comodoro contou o motivo da competição não estar incluída no calendário do Clube e desejou sucesso para o garoto em águas internacionais.
"É a primeira vez que aparece, não existia antes do ranking, então o Clube não tem no calendário por não ter dotação orçamentária pra isso, mas torcemos muito pelo nosso atleta, que ele tenha muito sucesso."
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