Informação foi confirmada pelo Ministério da Agricultura nesta quarta-feira (15), que faz perícias na fábrica da cervejaria desde a última semana
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), disse que análises feitas pela pasta confirmaram contaminação por monoetilenoglicol e dietilenoglicol na água utilizada na produção de cerveja na cervejaria Backer, em Belo Horizonte. A afirmação foi dada durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta quarta-feira (15), em Brasília.
As substâncias são utilizadas como resfriadores, não devendo ter contato com a água usada na produção da bebida. O Mapa disse ainda que "vários tanques" também foram contaminados, assim como diversos lotes de fabricação. Por este motivo, o Ministério trata essa contaminação como algo "sistêmico", de acordo com o coordenador-geral de Vinhos e Bebidas do Ministério da Agricultura, Carlos Vitor Müller.
“Na sexta-feira, quando foi realizado o fechamento da empresa, também foram coletadas amostras de tanques de cerveja em elaboração e encontradas as duas substâncias nesses tanques. Então, a atuação do Mapa impediu que esse produto chegasse ao mercado. Se a gente não fecha a cervejaria na sexta-feira, esse produto poderia ter avançado no seu processo de elaboração”, contou Müller.
De acordo com o R7, técnicos do Ministério da Agricultura fazem perícias na fábrica da Backer desde a semana passada, juntamente com a Polícia Civil de Minas Gerais. O Mapa determinou ainda um recall de todos os rótulos produzidos pela marca. Com isso, a empresa deve recolher os produtos do mercado e fica impedida de comercializá-los. A Backer também responderá a um processo administrativo e ficará fechada até que prove que há condições ideais para voltar a produzir.
Representantes do Mapa não descartam que outros rótulos da Backer também estejam contaminados, além da Belorizontina e da Capixaba, marcas que já tiveram resultado positivo para as substâncias monoetilenoglicol e dietilenoglicol.
Agora, as autoridades investigam como é que se deu a contaminação da água usada na produção de cerveja. Durante a coletiva de imprensa, Carlos Vitor Müller, afirmou que dentre as opções analisadas estão: sabotagem, vazamento do tanque, utilização incorreta do etilenoglicol, dentre outras hipóteses.