Menino tinha 5 anos e caiu do nono andar de um prédio de luxo
Um ato no Recife na tarde desta sexta-feira (5) mobilizou manifestantes que pediram justiça no caso do menino Miguel Otávio Santana da Silva, que morreu na terça-feira (2) ao cair da altura de 35 metros de um prédio depois que a mãe o deixou com a patroa para realizar uma atividade doméstica.
A patroa, Sari Mariana Côrte Real, foi presa e indiciada por homicídio culposo. Ela pagou R$ 20 mil de fiança e vai responder ao processo em liberdade. Ela é a esposa do prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker Côrte Real.
O protesto foi marcado por diversas organizações da cidade. Os manifestantes se concentraram no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE). Em seguida, partiram para o prédio onde ocorreu o episódio, Píer Maurício de Nassau, conhecido como “torres gêmeas”. O edifício fica no bairro de São José, centro de Recife.
O ato foi transmitido e registrado por diversas contas nas redes sociais. Nas faixas, os participantes faziam questionamentos e cobranças. Uma das mensagens indagava “vale R$ 20 mil a vida de uma criança?”. Outra perguntava: “e se fosse filho da patroa?”. Alguns cartazes traziam frases da mãe da criança: “se ela [a patroa] tivesse um pouquinho mais de paciência, meu filho estaria comigo hoje”.
Outros cartazes diziam “vidas negras importam”, em conexão com os protestos que ocorrem há dez dias nos Estados Unidos depois que um policial branco matou George Floyd, na cidade de Minneapolis, nos EUA.
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