Nove pessoas morreram pisoteadas na ocorrência, entre elas quatro adolescentes
Nesta segunda-feira (2) os policiais militares envolvidos na ação do último domingo (1) no baile funk em Paraisópolis, São Paulo, foram afastados do trabalho na rua. Nove pessoas morreram pisoteadas na ocorrência, entre elas quatro adolescentes.
O porta-voz da PM, tenente-coronel Emerson Massera afirmou em entrevista coletiva realizada no domingo que ao todo, 38 policiais participaram da ação. Seis destes já foram confirmados, porém a Corregedoria do órgão ainda deve analisar quais outros agentes serão afastados.
De acordo com boletim registrado no 89° DP (Portal do Morumbi), as mortes são investigadas como suspeitas de acidente e não como decorrente de intervenção policial. Conforme consta no boletim, um grupo de policiais em motos foi atacado por dois homens em uma moto, que atiraram contra o comboio, segundo o A Tarde. A partir daí, a perseguição teria chegado até o local onde ocorria o baile funk.
Os policiais afirmaram ter sido hostilizados pelo público, e que por isso, o "uso moderado da força" foi necessário, através de cassetete e munição química para dispersar a multidão. Neste momento, pessoas fugiram e foram pisoteadas, de acordo com informações da polícia. No entanto, moradores afirmam que a polícia entrou na comunidade e fechou as esquinas da Rua Ernest Renan com a Rua Herbert Spencer e Rodolf Lotze. Logo após, eles teriam atirado bombas de gás, balas de borracha e garrafas, além de usar cassetetes e sprays de pimenta na multidão. Muitos jovens entraram em vielas e foram pisoteados.
A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo investiga o caso.