Esquema foi realizado com base a partir de provas e colaborações premiadas obtidas na Operação Ali Babá
Cinco dos oitos detidos suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em fraudes contra bancos foram encaminhados para o presídio de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 quilômetros de Salvador, nesta quinta-feira (5). Todas as prisões aconteceram durante a Operação Assepticus.
Em geral, durante a operação, além das prisões, foram expedidos 29 mandados de busca e apreensão em Salvador, Feira de Santana, Santa Bárbara e Catu, além de Fortaleza. Encontraram também 11 carros, quadriciclos e duas motos. Entre os presos estão dois gerentes de instituições bancárias. O nome deles ainda não foram divulgados.
Além da transferência para o presídio de Feira de Santana, um outro suspeito foi levado para a Polícia Civil de Salvador e outra para a de Fortaleza. Há também um outro que foi internado no Hospital Geral Clériston Andrade por apresentar quadro de pneumonia.
A Operação Assepticus foi feita a partir de provas e colaborações premiadas obtidas na Operação Ali Babá, realizada em julho de 2016, e mostram a participação de servidores públicos e despachantes em desvios que superam os R$ 10 milhões.
De acordo a Polícia Federal, os criminosos manipulavam contratos sociais e outros documentos com dados falsos, forjando a existência de faturamentos e rendimentos que, com a conivência de funcionários das instituições financeiras, disponibilizavam a obtenção de empréstimos vultosos que jamais eram quitados.
“Conseguiu forjando os contratos e fazendo o superfaturamento da empresa. Uma empresa que era minúscula, às vezes nem existia e quando existia arrecadava R$ 100 mil. Eles declaravam que ganhavam R$ 2 milhões, R$ 3 milhões. Isso permitia que conseguissem um financiamento ou empréstimo de um valor considerável”, afirmou o delegado da Polícia Federal, Val Goulart.