Fabrizzio comentou ainda sobre um possível aumento da tarifa de ônibus em Salvador, caso o reajuste reivindicado seja dado aos rodoviários
O secretário Municipal de Mobilidade (Semob), Fabrizzio Muller, participou do programa PNotícias, da Rádio Piatã FM, na manhã desta terça-feira (23), e falou sobre a possível paralisação dos rodoviários na cidade.
Muller explicou o que pode ser feito feito pela prefeitura caso a paralisação seja decretada. Ainda segundo ele, a esperança é de que os empresários e rodoviários cheguem a um acordo o quanto antes.
"Todos os esforços estão sendo empreendidos pra que não tenha a greve. Mas é uma relação privada, entre os donos das empresas de ônibus com os trabalhadores. A prefeitura tem um poder pequeno, ela atua como mediadora nesse processo. Estamos tentando conversar com um lado, com outro, pra tentar sensibilizar. Nossa torcida é para que cheguemos a um consenso, a uma conciliação. Hoje temos uma reunião para que se possa chegar a um denominador comum. Se não chegar, a gente confia que a Justiça do Trabalho chegue na melhor solução, antes da greve ser confirmada. Prefere acreditar que chegaremos a esse consenso", disse.
Em caso de greve, o secretário disse que tudo depende de quais serão as condições da paralisação, para saber o que a prefeitura pode fazer.
De acordo com ele, o BRT também deverá ser afetado.
Leia também:
Salvador: Rodoviários e empresários fazem nova reunião e continuam sem entrar em acordo
Salvador: Bruno Reis comenta sobre crise do transporte público e detalha cenário da possível greve dos rodoviários
“Por mais que a prefeitura se esforce pra fazer alguma operação, o prejuízo existe. O plano de contingência visa reduzir os danos, e minimamente dar o serviço para a população. Precisamos saber o que a gente vai ter disponível, não sabemos se teremos o transporte totalmente interrompido ou apenar parte da frota. Quando soubermos, aí sim podemos disparar a nossa contingência, pra que as pessoas cheguem mais rápido na integração do metrô ou outros meios de transportes. Só quando soubermos a frota, poderemos tomar as medidas cabíveis”, ponderou o secretário.
Muller ainda disse que os rodoviários não podem interferir nos ônibus do Sistema Complementar, os famosos 'amarelinhos'. Segundo ele, o trabalhador não pode ser impedido de ir trabalhar.
"Na verdade, se eles fizerem isso, não é por determinação deles. Se fizerem, é porque estarão impedindo a saída da garagem. Mas pedimos a eles que entendam que as pessoas precisam trabalhar. Eles não têm o direito de atrapalhar a vida da população que tem que trabalhar. Eles têm de buscar pelo direito deles, mas não podem prejudicar o trabalhador dessa forma. Confiamos nessa mediação da Justiça do Trabalho, a da presidente do Tribunal, e a gente tem convicção e certeza que haverá bom senso de todas as partes", comentou.
Caso o reajuste reivindicado seja dado aos rodoviários, é possível que haja ainda um aumento da tarifa de ônibus.
"Toda concessão de serviço público repassa os custos para a tarifa, é normal. Quanto mais for dado de reajuste, mais pode pressionar a tarifa pra cima. Mas acreditamos que o aumento dentro da inflação é algo que é possível, que não traria maiores consequências pra tarifa", completou.
Siga o PNotícias no Google Notícias e receba as principais notícias do dia em primeira mão.